quarta-feira, 31 de outubro de 2012

José Herculano Pires !


José Herculano Pires nasceu na cidade de Avaré, no estado de São Paulo a 25.09.1914, e desencarnou na capital em 09.03.1979. Foi um jornalista filósofo, educador e escritor espírita.
Revelou sua vocação literária desde que começou a escrever. Aos 9 anos fez o seu primeiro soneto, um decassílabo sobre o Largo São João, da sua cidade natal. Aos 16 anos publicou seu primeiro livro, Sonhos Azues (contos). Destacou-se como um dos mais ativos divulgadores do espiritismo no país. Traduziu os escritos de Allan Kardec e escreveu tanto estudos filosóficos quanto obras literárias inspiradas na doutrina espírita.
Foi um dos fundadores da União Artística do Interior (UAI). Em 1928 transformou o jornal político de seu pai em semanário literário e orgão da UAI. Mudou-se para Marília em 1940 (com 26 anos), onde adquiriu o jornal Diário Paulista e o dirigiu durante seis anos.
Repórter, redator, secretário, cronista parlamentar e crítico literário dos Diários Associados, são funções que exerceu por cerca de trinta anos.
Autor de 81 livros de filosofia, ensaios, histórias, psicologia, pedagogia, parapsicologia, romances e espiritismo, vários em parceria com Chico Xavier, sendo a maioria inteiramente dedicada ao estudo e divulgação da Doutrina Espírita.
Alegava sofrer de grafomania, escrevendo dia e noite. Não tinha vocação acadêmica e não seguia escolas literárias. Seu único objetivo era comunicar o que achava necessário, da melhor maneira possível. Graduado em Filosofia pela USP em 1958, publicou uma tese existencial: O ser e a serenidade. De 1959 a 1962 foi docente titular da cadeira de filosofia da educação na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara.
Foi membro titular do Instituto Brasileiro de Filosofia, seção de São Paulo, onde lecionou psicologia. Foi presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo de 1957 a 1959. Foi professor de sociologia no curso de jornalismo ministrado pelo Sindicato.
José Herculano Pires foi presidente e professor do Instituto Paulista de Parapsicologia de São Paulo. Organizou e dirigiu cursos de parapsicologia para os centros acadêmicos da Faculdade de Medicina da USP, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, da Escola Paulista de Medicina e em diversas cidades e colégios do interior.
Foi membro da Academia Paulista de Jornalismo, onde ocupou a cadeira “Cornélio Pires” em 1964, e pertenceu a União Brasileira de Escritores, onde exerceu o cargo de diretor e membro do Conselho no ano de 1964.
Exerceu ainda o cargo de chefe do Sub-Gabinete da Casa Civil da Presidência da República no governo do Sr. Jânio Quadros, no ano de 1961, onde permaneceu até a renúncia do mesmo.
Espírita desde a idade de 22 anos, não poupou esforço na divulgação falada da doutrina codificada por Allan Kardec, tarefa essa a qual dedicou a maior parte da sua vida. Durante 20 anos manteve uma coluna diária sobre espiritismo nos Diários Associados, com o pseudônimo de Irmão Saulo. Durante quatro anos manteve no mesmo jornal uma coluna em parceria com Chico Xavier sob o título “Chico Xavier pede Licença”.
Foi diretor fundador da revista Educação Espírita, publicada pela Edicel. Fundou o Clube dos Jornalistas Espíritas de S. P. em 23/01/48. O clube funcionou por 22 anos.
Traduziu cuidadosamente as obras da codificação de Allan Kardec, enriquecendo-as com notas explicativas nos rodapés. Essas traduções foram doadas a diversaseditoras espíritas no Brasil, Portugal, Argentina e Espanha. Colaborou ainda com o Dr. Júlio Abreu Filho na tradução da Revista Espírita de Allan Kardec.
Ao desencarnar deixou vários originais, que vêm sendo publicados pela Editora Paidéia (de sua família).
José Herculano é considerado um dos autores mais críticos dentro do movimento espírita. A sua linha de pensamento era forte e racional, combatendo os desvios e mistificações, sendo a maior característica do conjunto de suas obras a
luta por demonstrar a consistência do pensamento espírita e defender a valorização dos aspectos crítico e investigativo, originalmente propostos por Kardec.
Em seus ensaios nota-se a preocupação em combater interpretações e traduções deturpadas das obras de Kardec, inclusive aquelas que surgiram no seio do movimento espírita brasileiro ao longo do século XX.
Defendia o conceito de pureza doutrinária, segundo o qual era preciso preservar a doutrina de todo tipo de influência mística, esotérica ou meramente cultural religiosa.
Em monografias filosóficas, a exemplo de Introdução à filosofia espírita, propõe-se a esclarecer a contribuição do espiritismo para o desenvolvimento da filosofia, em especial no tocante ao sentido da existência humana. Contrapõe-se frontalmente ao niilismo e ao existencialismo materialista.
Os seus estudos científicos, sempre recheados com uma infinidade de informações levantadasà exaustão junto a pesquisadores do mundo inteiro, e fortemente calçados na base e na metodologia kardequiana, chegavam a conclusões profundamente otimistas sobre os resultados conseguidos pela pesquisa espírita. Em mediunidade chega a afirmar que a tese espírita da existência de energias espirituais típicas já havia sido comprovada cientificamente. A conclusão talvez seja discutível, haja vista a relutância ainda vigente nos dias atuais aos métodos e conclusões da pesquisa espírita, mas o que mais chama a atenção nesses estudos é a profunda capacidade de correlacionar informações diversas de maneira a cercar um problema e suas causas potenciais, lembrando e complementandoo que faziam Bozzano e Kardec: a razão nos diz que não basta encontrar uma causa para um fenômeno, é necessário buscar a causa de um conjunto consistente de fenômenos.

Títulos publicados
. A ciência espírita e suas implicações terapêuticas
. A obsessão – o passe – a doutrinação
. A pedra e o joio
. Adão e Eva
. Agonia das religiões

. Arigó – vida, mediunidade e martírio
. Astronautas do além (em parceria com Chico Xavier)
. Barrabás (trilogia “A conversão do mundo”)
. Chico Xavier pede licença (em parceria com Chico Xavier)
. Concepção existencial de Deus
. Curso dinâmico de espiritismo
. Diálogo dos vivos (em parceria com Chico Xavier)
. Educação para a morte
. Evolução espiritual do homem na perspectiva da doutrina espírita
. Introdução à filosofia espírita
. Lázaro (trilogia “A conversão do mundo”)
. Madalena (trilogia “A conversão do mundo”)
. Mediunidade
. Metrô para outro mundo
. Na era do espírito (em parceria com Chico Xavier)
. Na hora do testemunho (em parceria com Chico Xavier)
. O caminho do meio
. O centro espírita
. O espírito e o tempo
. O menino e o anjo
. O mistério do ser ante a dor e a morte
. O reino
. O sentido da vida
. O ser e a serenidade
. O túnel das almas
. O verbo e a carne – duas análises do roustainguismo (em parceria com Julio de Abreu Filho)
. Os filósofos
. Os sonhos de liberdade
. Os sonhos nascem da areia
. Os três caminhos de Hécate
. Parapsicologia hoje e amanhã
. Pedagogia espírita
. Pesquisa sobre o amor
. Poesias
. Relação espírito-corpo
. Revisão do cristianismo
. Um Deus vigia o planalto
. Vampirismo

Além dos seus livros, Herculano traduziu e/ou comentou as seguintes obras de Allan Kardec (Editora Lake):
. O livro dos espíritos
. Revista Espírita
. O que é o espiritismo
. O livro dos médiuns
. O evangelho segundo o espiritismo
. O céu e o inferno
. A gênese
. Obras póstumas

Considerações Finais
Não há dúvida de que Herculano foi acima de tudo um filósofo do Espiritismo.
Ao publicar a sua Introdução à Filosofia Espírita, Herculano enfrentou o problema da análise do Espiritismo como doutrina filosófica, discutiu a teoria do conhecimento espírita, e propôs uma Filosofia Espírita da Existência, que chamou de Existencialismo Espírita: a busca na realidade concreta da essência possível, partindo dela para as induções metafísicas. Ao invés de partir da essência impalpável, e nela ficar, o Espiritismo parte dos fatos, dos fenômenos, do real, da vida. A discussão da existência leva à essência, não o contrário.
Ao propor uma concepção existencial, Herculano permite-nos também compreender o processo dialético vivido pelo espírito ao nascer, viver, morrer e renascer. Analisando mais especificamente o trabalho de Kardec percebemos que toda a teoria espírita se construiu partir dos fatos. A visão existencialista permite ver o papel de Kardec e dos demais colaboradores do Espiritismo na sua construção. O maior kardeciólogo que o mundo já viu também buscou, a cada instante, compreender, interpretar e avaliar o papel de Kardec.
Talvez seja possível resumir o que buscou continuamente Herculano: desvendar o grande desconhecido, ou seja, compreendere discutir visão de mundo do Espiritismo, analisar sua contribuição ao conhecimento humano, detalhar seu método, avaliar o papel de Kardec e dos Espíritos na sua elaboração, e mostrar a todos tudo o que descobriu.

Assunto pesquisado por Isabel Carla dos Santos


O Passe !


Conforme José Herculano Pires o passe espírita é a imposição das mãos, usada e ensinada por Jesus como se vê nos
Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do Cristianismo Primitivo. Sua fonte humana e divina são as mãos de Jesus.
Mas há um passado histórico que não podemos esquecer. Desde as origens da vida humana na terra encontramos os
ritos de aplicação dos passes, não raro acompanhados de rituais, como sopro, a fricção das mãos, a aplicação de saliva
e até mesmo (resíduo do rito do barro), a mistura de saliva e terra para aplicação no doente.
Podemos ainda dizer que é uma transfusão de fluidos de um ser para outro. Emmanuel o define como uma "transfusão
de energias fisio-psíquicas". Beneficia a quem o recebe, porque oferece novo contingente de fluidos já existentes.
Emmanuel o considera "equilibrante ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos" e compara sua ação a do
antibiótico e à assepsia, que servem ao corpo, frustrando instalação de doenças.

Herculano explica que o passe espírita não comporta as encenações e gesticulações em que hoje envolveram alguns
teóricos improvisados, geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de origem mágica ou feiticista. Todo o
poder e toda a eficácia do passe espírita dependem do espírito e não da matéria, da assistência espiritual do médium
passista e não dele mesmo. Os passes padronizados e classificados derivam de teorias e práticas mesméricas,
magnéticas e hipnóticas de um passado já há muito superado. Os espíritos realmente elevados não aprovam nem
ensinam essas coisas, mas à prece e a imposição das mãos. Toda a beleza espiritual do passe espírita, que provém da
fé racional no poder espiritual, desaparece ante as ginásticas pretensiosas e ridículas gesticulações.

Os gestos demonstram o forte apego do ser humano a matéria, já o orgulho e a vaidade nos fazem achar que somos
capazes de dirigir ou orientar os fluídos espirituais. O passe é um gesto de caridade deve ser aplicado com muita
serenidade, fé e amor. Devemos ainda lembrar que o passista é apenas um intermediário dos bons espíritos pois são
eles que socorrem aqueles por quem rogamos, não nós que em tudo dependemos da assistência dos espíritos.

Mecanismos do passe
Conforme o Centro Espírita Nosso Lar constantemente, estamos irradiando e recebendo fluidos do meio que
habitamos e dos seres (encarnados ou não) com que convivemos, numa transmissão natural e automática. O passe,
porém, é uma transfusão feita com intenção e propósito. Quem aplica, atua deliberadamente. Para que o passe
alcance o melhor resultado, é necessário:

1) que o passista use o pensamento e a vontade, a fim de captar os fluido, emiti-los e fazê-los convergir para o
assistido;
2) que haja um clima de confiança entre o socorrista e o assistido, a fim de se formar um elo de força entre eles, pelo
qual "verte o auxílio da Esfera Superior, na medida dos créditos de um e de outro";
3) que o assistido esteja receptivo, para que sua mente adira à idéia de trabalho restaurativo e comece a sugeri-lo a
todas as células do corpo físico; então irá assimilando os recursos vitais que estiver recebendo e o reterá na própria
constituição fisiopsicossomática.
(Cap. XXII, Mediunidade Curativa, do livro "Mecanismos da Mediunidade", de André Luiz).

CENTROS DE FORÇA
Centros de força são acumuladores de energia e distribuidores de energia.
Estão localizados no perispirito e são os receptores dos fluídos dirigidos pelo passe.
O perispirito interage de forma profunda com o corpo físico e por isso as energias transmitidas pelo passe e recebidas
inicialmente pelos centros de força, atingem o corpo carnal através dos plexos, proporcionando a renovação das
células enfermas. Os centros de força vibram todos em sintonia uns com os outros, mas cada qual possui também sua
função específica.

O PASSISTA
Em princípio, qualquer pessoa saudável e de boa vontade em auxiliar pode aplicar passes. Não lhe faltará ajuda
espiritual, porque, na falta de elemento mais eficiente, os espíritos utilizam toda aquele que, tendo saúde e razoável
equilíbrio, se dispuser ao passe. Mas, para servir bem neste campo, de modo mais efetivo, é preciso que se cultive e
mantenha algumas condições básicas, a saber:

1) FISICAMENTE - ter saúde e boa disposição.
Os cuidados do passista com o físico visarão principalmente:
Higiene, para assegurar a própria saúde e a dos assistidos; * Alimentação, que será sem excessos, adequada ao organismo, com alimentos que ofereçam maior concentração energética; Abolir vícios, tais como o álcool, fumo, tóxicos, pois prejudicam o rendimento do passista, impregnam maleficamente os fluidos e servem de atração aos maus espíritos, * Evitar atividades esgotantes e excessos desnecessários a fim de manter suas reservas de energia vital em condições de servir. 2) Espiritualmente – cultivar as virtudes e manter conduta cristã.É indispensável que o passista se cuide espiritualmente, para que produza fluídos bons e não altere prejudicialmente os que recebem dos bons Espíritos.Os cuidados do passista, quanto ao espírito, visarão, principalmente: * O sentimento fraterno, o sincero desejo de ajudar ao próximo; * A fé, em si mesmo, na ajuda e poder divinos, na possibilidade de beneficiar com o passe; * A reforma íntima, buscando sempre se aperfeiçoar moralmente* O equilíbrio emocional, para não se desgastar nem perturbar por mágoas excessivas, paixões, ressentimentos, inquietudes, temores, nervosismo... * Abster-se de aplicar passes, quando em desequilíbrio espiritual acentuado. Entretanto, não impedem que apliquemos passes àquelas alterações de ânimo que são comuns aos problemas e aflições da vida, porque isso tudo nos cumpre superar na oração e no desejo de servir; * A perseverança no trabalho, para que os amigos espirituais possam confiar e contar com a pessoa para a tarefa. Procure o passista manter conduta cristã sempre, porque a necessidade de aplicar passe em alguém pode surgir a qualquer momento e deverá estar preparado. 3) Intelectualmente: ter conhecimentos específicos sobre o passe. Portanto, não ficar só aguardando que lhe surja a qualidade de passista, como se ela fosse um acontecimento miraculoso e não um serviço do bem, que pede do candidato o esforço voluntário e laborioso do começo. Convém procurar conhecer com o que está lidando e para quê e também para poder oferecer maiores condições ao espírito magnetizador que quiser nos assistir, inclusive recebendo melhor as sugestões. É aconselhável aos passistas fazer estudos relacionados aos passes, curas e radiações espirituais, inclusive sobre centros de força, a técnica de aplicação do passe, preparo do ambiente e do assistido. Ausência de estudo significa estagnação, em qualquer setor de trabalho. Preparando-se para o passe
Para o melhor resultado da emissão e recepção dos fluidos, passista e receptor precisam estar convenientemente
preparados.

O Preparo do receptor
Pelo seu estado mental e emotivo. O receptor enfermo ou sofredor poderá ter, em relação ao passe, um estado
receptivo, repulsivo ou neutro. O ideal é que esteja receptivo, pois o passe será tanto mais eficiente quanto mais
intensa a adesão da vontade do paciente ao influxo recebido.
Por isso, o passista, antes de aplicar o passe, deve procurar estabelecer com o receptor a simpatia possível, animando-
o e interessando-o nas coisas espirituais.

A posição do receptor e do passista

O receptor fica sentado por ser para ele uma posição confortável e segura.
O passista geralmente fica de pé, para ter maior facilidade de movimentos, durante a aplicação do passe; mas,
também poderá estar sentado.
O passista estará frente ao assistido desde o momento em que se concentra e se aproximar dele no momento exato da
efetiva aplicação do passe.

O começo da aplicação do passe
O passe, propriamente dito, começa com o estabelecimento do contato espiritual do passista com o receptor e a
imposição das mãos.

1) O Contato Espiritual com o Receptor
Contato espiritual é o processo pelo qual o passista estabelece ligação mental e fluídica com o receptor, seja com este
presente ou a distância.
Às vezes, isso é conseguido em poucos instantes de concentração contínua, de outras vezes e por causas que nem sempre podemos conhecer, leva mais tempo. Sinais que denunciam o contato estabelecido. Não são obrigatórios e nem sempre se apresentam, mas podem ser assim. No passista
Impressão física causada pelos fluidos que começam a envolvê-lo, por qualquer parte do corpo (pernas, braços,
cabeça, face, laterais do corpo).
Sinais materiais, como formigamento da pele, dos pés, mãos; ondas de calor ou então palidez, por causa de alterações
na circulação sanguínea devido a possível influenciação dos espíritos. Nada disso, porém, se ocorrer, causará qualquer
mal efetivo a um passista bem preparado, que sabe reagir adequadamente ao que ocorre.

No receptor
Os mesmos sintomas podem ocorrer e ainda crises de choro por estarem bastante emocionados com o ambiente que
os recebe.O passista deverá estar habilitado a reconhecer esses estados e, prontamente, evitar conseqüências
desagradáveis.Desde que se aproxima do receptor para o passe o passista começa a penetrar no ambiente espiritual
do assistido. Mas é ao impor as mãos que esse contato perispiritual se acentua.

2) A Imposição das Mãos
É o ato de o passista colocar as mãos acima da cabeça do assistido. Geralmente é feito com as mãos espalmadas, dedo
levemente separado uns dos outros, sem contração muscular. É nesse movimento e postura que os fluidos serão
conduzidos e dispensados.
O fluido vital (por ser elemento de natureza mais material do que espiritual) circula como uma verdadeira força
nervosa por todo o nosso sistema nervoso e se escapa pelas extremidades das mãos, especialmente. Força de natureza
eletromagnética, ele modifica o campo vibratório do assistido, transmitindo-lhe novas energias.

PRECE FINAL

Quer tenham sido amplos ou reduzidos os resultados do passe, nele tivemos a oportunidade de servir, em nome de
Jesus, com a permissão divina e a ajuda dos bons espíritos. Cumpre-nos, pois, agradecer numa oração, pelo que nos foi
dado realizar.



Assunto pesquisado por Alexandre Adami.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Os fluidos e suas propriedades !

O estudo dos fenômenos espíritas fez-nos conhecer estados de matéria e condições de vida que a Ciência havia longo tempo ignorado. Ficamos sabendo que, além do estado radiante, a matéria, tornada invisível e imponderável, se encontra sob formas cada vez mais sutis que se denominam fluidos. À medida que se rarefaz, adquire novas propriedades e uma capacidade de irradiação sempre crescente; torna-se uma das formas da energia.Esta força, gerada pelo próprio Espírito encarnado ou desencarnado, tem sido designada sob os nomes de força ódica, fluído magnético, força elétrica, força psíquica e, mais recentemente, de Bioenergia. É através dessa energia específica que os Espíritos interagem uns com os outros e exercem a sua influência no mundo corpóreo.
MECANISMO DE FORMAÇÃO
Observa-se pela definição de André Luiz que todo um processo dinâmico e complexo envolve a formação dos Fluidos Espirituais. Ao ser absorvido pelo corpo espiritual, o Fluido Universal será manipulado na mente. A mente humana, sediada no Centro Coronário é um brilhante laboratório de forças sutis, onde o pensamento e a vontade estão aglutinando as partículas do Fluido Cósmico Universal e dando a elas as suas próprias características. O Fluido Espiritual específico da individualidade, será distribuído por todos os centros de força, ocupará as regiões mais íntimas do perispírito e ao se exteriorizar para fora da organização espiritual irá constituir a aura, distribuindo-se, logo após, pelo ambiente, formando a atmosfera espiritual do local.
A AURA
A aura é o resultado da difusão dos fluidos espirituais para além da organização perispiritual. Forma em torno do Espírito um envoltório fluídico, de cerca de 20 a 25 cm, a partir da superfície do corpo, e vai se constituir no retrato de nosso mundo íntimo. O que somos, o que pensamos e o que sentimos, será fielmente retratado em nosso campo áurico.
CARACTERÍSTICAS DOS FLUIDOS
Os fluidos espirituais não possuem qualidade sui generis, mas sim, qualidades do indivíduo que os elaborou. Em decorrência então da evolução espiritual e das peculiaridades particulares de cada pessoa, os fluidos irão assumir características diversas:
a) Pureza: varia ao infinito e depende do grau de evolução moral que a criatura já alcançou. Os fluidos menos puros, densos, grosseiros, formam a atmosfera espiritual do planeta, em decorrência do atraso espiritual que ainda caracteriza a população de Espíritos vinculados ao orbe terrestre. Os fluidos espirituais vão se eterizando e se sutilizando à medida que se afastam da crosta, assumindo um grau de pureza sempre crescentes. As esferas espirituais mais afastadas da superfície da Terra são formadas dos fluidos mais puros em virtude de serem habitadas por entidades moralmente mais elevadas.
b) Propriedades Físicas: os fluidos espirituais apresentam características físicas como: odor, coloração, temperatura, etc. Pessoas portadoras de sensibilidade mediúnica podem perceber essas características.
c) Qualidade dos Fluidos: tem conseqüências de importância capital a qualidade dos fluidos espirituais. Sendo esses fluidos formados a partir do pensamento e, podendo este modificar-lhes as propriedades, é evidente que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrarem. Será, portanto, a soma dos sentimentos da individualidade, o "raio da emoção", na expressão de André Luiz, que irá qualificar o fluido, dando a ele potencialidades superiores ou inferiores. Nesse sentido, os fluidos vão trazer o cunho dos sentimentos de ódio, inveja, ciúme, hipocrisia, de bondade, de paz, etc. A qualidade dos fluidos será, em síntese, o reflexo de todas as paixões, das virtudes e dos vícios da humanidade. Assim sendo, encontrar-se-á fluidos balsamizantes, alimentícios, vivificadores, estimulantes, anestesiantes, curativos, soníferos, enfermiços, etc.
FLUIDOS E PERISPÍRITO
Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica a dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta, quanto por sua expansão e sua irradiação com eles se confunde. Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno reage sobre o organismo materiais com que se acha em contato íntimo. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se são permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas e mentais das mais sérias. Muitas enfermidades têm sua gênese nesta absorção de natureza infeliz.
EVOLUÇÃO!!
Allan Kardec, em toda a sua obra, procurou demonstrar que o Espiritismo nada tem a ver com o maravilhoso e o sobrenatural, e não guarda relação com nenhum tipo de superstição. Assim, a teoria da evolução no espiritismo está intimamente atrelada à da ciência. Claro, é preciso reconhecer que, na codificação de Kardec, está atrelada ao que se sabia de ciência de sua época, com todas as suas falhas e preconceitos. Mas, como o próprio Kardec postulou: "Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará". Assim, cabe aos espíritas a atualização da doutrina através de um contínuo estudo.
O diferencial aqui é que, no espiritismo, toda a explicação da evolução do universo, planetas e seres se processa de acordo com a ciência, mas possui sua causa em uma inteligência (ou inteligências), durante todo o processo.

A Formação da vida na Terra
Acredita-se que a vida na Terra tenha surgido há cerca de 2 bilhões de anos, e, segundo a teoria que hoje prevalece, o primeiro ser vivo surgiu da combinação de elementos químicos presentes na Terra primitiva.
A fim de romper as moléculas dos gases simples da atmosfera e reorganizar as partes em moléculas orgânicas, era preciso energia, abundante na Terra jovem. Existia calor e vapor d'água. Tempestades violentas eram acompanhadas de relâmpagos que forneciam energia elétrica. O Sol bombardeava a Terra com partículas de alta energia e luz ultravioleta. Essas condições foram simuladas em laboratório, e os cientistas demonstraram que assim se produzem moléculas orgânicas. Entre elas, estão alguns aminoácidos, os importantes blocos de construção das proteínas, componentes fundamentais da matéria viva.
Em seguida, na seqüência que conduziu à vida, esses compostos foram levados da atmosfera pelas chuvas e começaram a se concentrar em certas áreas do oceano. Algumas moléculas orgânicas tendem a se agarrar no oceano primitivo, esses agregados provavelmente tomaram a forma de gotas, envolvidos por fina película protetora. Denominam-se esses seres de coacervados. Essas estruturas, apesar de não serem vivas, têm propriedades osmóticas e podem se unir, formando outro coacervado mais complexo. Da evolução destes coacervados, surgem as primeiras formas de vida. Os primeiros seres vivos, segundo se acredita, eram heterótrofos (buscavam o alimento fora deles), habitante das águas, unicelular e com um único sentido: o tato.
Emmanuel, através da mediunidade de Chico Xavier, escreve no livro "A Caminho da Luz" que todo esse processo admirável não foi obra do acaso, resultado de forças cegas, inconseqüentes, e sim, a conseqüência de um trabalho bem elaborado dos Espíritos superiores, responsáveis pelo destino de nosso planeta. Emmanuel nos informa que Jesus (ele mesmo) e sua falange de engenheiros, químicos e biólogos siderais estiveram presentes todo o tempo, acompanhando fase a fase o despertar da vida no planeta. Não podemos também desconsiderar a presença do princípio inteligente (que poderíamos chamar de "Deus") que, como "campo organizador da forma", deve ter exercido um papel preponderante no processo de gênese orgânica.
Emmanuel nos diz:
"E quando serenaram os elementos do mundo nascente, quando a luz do Sol beijava, em silêncio, a beleza melancólica dos continentes e dos mares primitivos, Jesus reuniu nas Alturas os intérpretes divinos do seu pensamento. Viu-se então, descer sobre a Terra, das amplidões dos espaços ilimitados, uma nuvem de forças cósmicas que envolveu o imenso laboratório em repouso. Daí a algum tempo, podia-se observar a existência de
um elemento viscoso que cobria toda a Terra. Estavam dados os primeiros passos no caminho da vida organizada." Este relato, obviamente que de forma romanceada, sugere elementos da Panspermia, teoria marginalizada pela ciencia até poucos anos e que sustenta que o "detonador" da vida na Terra foram elementos provenientes do espaço (trazidos por cometas, meteoritos e nebulosas). Nas questões 43, 44 e 45 de "O Livro dos Espíritos" (de 1857), a Quimiossíntese e a Teoria dos Coacervados, de Alexander Oparin (de 1936), são prenunciadas pelos Espíritos, com palavras diferentes, mas com a mesma idéia.
A Evolução Orgânica
Não mais se discute hoje a realidade do processo evolutivo. A evolução das espécies é um fato inquestionável. Através de processo múltiplos e fenômenos diversos, os primeiros seres vivos, unicelulares e simples, foram os precursores de todas as formas complexas de vida. Mas qual o mecanismo dessa evolução? Duas teorias, agindo conjuntamente, sem se excluírem, tentam explicar a evolução:
Darwinismo: lançado em 1859, por Charles Darwin (No livro "A Origem das Espécies"). O Darwinismo se baseia na seleção natural, ou seja, os seres mais aptos sobrevivem, enquanto os menos aptos desaparecem.
Mutacionismo: teoria que teve em Hugo de Vries seu idealizador, baseia-se no conceito de mutação (toda alteração no patrimônio genético dos seres, que se transmite às espécies descendentes). Segundo essa teoria o aparecimento de espécies novas seria o resultado de várias mutações ocorridas nas espécies anteriores.
Como o macaco se tornou homíneo até hoje é uma incógnita. Nunca encontramos realmente o "elo perdido", a espécie biológica que represente esta transição. Já chegamos bem perto, mas ainda falta "algo". Tal vácuo dá espaço até para teorias de seres alienígenas que ficaram responsável por esta transição, com alterações in vitro e por meio de reprodução controlada inter-espécies (teoria esta não de todo maluca, se formos pesquisar nas lendas dos povos antigos, como os sumérios, índigenas e asiáticos).
Mas vejamos o pensamento de Kardec, em seu tempo, numa ciência ainda fortemente influenciada pelo modelo grego em que beleza = evolução, vemos no livro "A Gênese", de Allan Kardec, cap. 11, a "Hipótese sobre a origem do corpo humano":
Bem pode dar-se que corpos de macaco tenham servido de vestidura aos primeiros Espíritos humanos, forçosamente pouco adiantados, que viessem encarnar na Terra, sendo essa vestidura mais apropriada às suas necessidades e mais adequadas ao exercício de suas faculdades, do que o corpo de qualquer outro animal. Em vez de se fazer para o Espírito um invólucro especial, ele teria achado um já pronto. Vestiu-se então da pele do macaco, sem deixar de ser Espírito humano, como o homem não raro se reveste da pele de certos animais, sem deixar de ser homem. Fique bem entendido que aqui unicamente se trata de uma hipótese, de modo algum posta como princípio, mas apresentada apenas para mostrar que a origem do corpo em nada prejudica o Espírito, que é o ser principal, e que a semelhança do corpo do homem com o do macaco não implica paridade entre o seu Espírito e o do macaco. Admitida essa hipótese, pode-se dizer que, sob a influência e por efeito da atividade intelectual do seu novo habitante, o envoltório se modificou, embelezou-se nas particularidades, conservando a forma geral do conjunto. Melhorados os corpos, pela procriação, se reproduziram nas mesmas condições, como sucede com as árvores de enxerto. Deram origem a uma espécie nova, que pouco a pouco se afastou do tipo primitivo, à proporção que o Espírito progrediu. O Espírito macaco, que não foi aniquilado, continuou a procriar, para seu uso, corpos de macaco, do mesmo modo que o fruto da árvore silvestre reproduz árvores dessa espécie, e o Espírito humano procriou corpos de homem, variantes do primeiro molde em que ele se meteu. O tronco se bifurcou: produziu um ramo, que por sua vez se tornou tronco.
O tempo passou, aprendemos coisas como ecosistema, beleza só não põe mesa, a natureza não dá saltos, jacarés e ornitorrincos estão muito bem, obrigado, nada se perde, tudo se transforma, etc. A questão evoluiu no espiritismo pelas mãos de Chico Xavier e Emmanuel, que nos esclarecem que muitas das transformações que se verificaram nos seres foram, anteriormente, promovidas em suas estruturas perispirituais, entre uma existência e
outra (ou seja, no plano espiritual!). Os Espíritos construtores, sob a supervisão de Jesus, retocavam, em vezes sucessivas, as formas perispiríticas, e estas alterações criariam o campo magnético para as futuras mutações.
Conta ainda que os seres atuais não tinham, no princípio da vida, suas formas biológicas totalmente definidas. Experiências múltiplas, no patrimônio genético dos nossos antepassados, coordenadas por geneticistas siderais, foram modelando aquelas formas que deveriam persistir até os tempos atuais. A seleção natural se incumbiria de fazer desaparecer as formas primitivas inaptas. Ou seja, uma mistura de Mutacionismo, Design Inteligente e Darwinismo. Interessante.
Emmanuel volta a dizer:
Extraordinárias experiências foram realizadas pelos mensageiros do invisível. As pesquisas recentes da ciência sobre o tipo de Neanderthal, reconhecendo nele uma espécie de homem bestializado e outras descobertas interessantes da Paleontologia, quanto ao homem fóssil, são um atestado dos experimentos biológicos a que procederam os prepostos de Jesus, até fixarem no primata as características aproximadas do homem futuro. Os séculos correram o seu velário de experiências penosas sobre a fronte dessa criatura de braços alongados e de pelos densos, até que um dia as hostes do invisível, operaram uma definitiva transição no corpo perispiritual pré-existente, dos homens primitivos, nas regiões siderais e em certos intervalos de suas reencarnações. Surgem os primeiros selvagens de compleição melhorada, tendendo à elegância dos tempos do porvir.
A evolução espiritual
Quanto à origem dos Espíritos, quase nada se sabe. Allan Kardec diz: "Desconhecemos a origem e o modo de criação dos Espíritos; apenas sabemos que eles são criados simples e ignorantes, isto é, sem ciência e sem conhecimento, porém perfectíveis e com igual aptidão para tudo adquirirem e tudo conhecerem. Na opinião de alguns filósofos espiritualistas, o princípio inteligente, distinto do princípio material, se individualiza e elabora, passando pelos diversos graus da animalidade. É aí que a alma se ensaia para a vida e desenvolve, pelo exercício, suas primeiras faculdades. Esse seria, por assim dizer, o período de incubação. Haveria assim filiação espiritual do animal para o homem, como há filiação corporal."
Hoje não resta mais dúvida de que os Espíritos, em sua longa trajetória, têm percorrido os diversos reinos da natureza. O pensamento de Léon Denis, de que "a alma dorme na pedra, sonha na planta, move-se no animal e desperta no homem", está plenamente incorporado ao corpo doutrinário do Espiritismo.
André Luiz, no livro "Mecanismos da Mediunidade" explica que "Temos, hoje, o Espírito por viajante do Cosmo, respirando em diversas faixas de evolução, condicionados nas suas percepções, à escala do progresso que já alcançou". E que tal progresso, estampado no campo mental de cada alma, vai ser condicionado por duas variantes: "o tempo de evolução, ou seja, aquilo que a vida já lhe deu, e o tempo de esforço pessoal na construção do destino, ou seja, aquilo que ele próprio já deu à vida".

Assunto pesquisado por Greissi Borges

Suícidio - Uma visão espirita !

Dar fim à própria vida transforma-se num longo caminho de dor, sofrimento e libertação.
É um mal crescente, atingindo toda humanidade. Sua ocorrência sempre foi constante, desde o passado remoto e em todos os segmentos sociais e étnicos, até mesmo, crianças. Existem relatos de suicídios, tanto individuais, quanto coletivos, em várias culturas. Daí a sua atualidade. Aliás, não é por outra razão que o assunto tem sido objeto de preocupação de todos os ramos de ciência do Ser – e obviamente, dos Espíritas, sempre atentos às chagas da humanidade.
1. Como os Espíritos e o Espiritismo consideram o suicídio?
R: Usando unicamente os ensinos dos Espíritos constantes da Codificação, o suicídio é tido como um crime aos olhos de Deus (Céu e Inferno, cap. 5), e que importa numa transgressão da Lei Divina (Livro dos Espíritos, pergunta 944) e constitui sempre uma falta de resignação e submissão à vontade do Criador (idem, perg. 953-a). Desse modo, “jamais o homem tem o direito de dispor da vida, porquanto só a Deus cabe retirá-lo do cativeiro da Terra, quando o julgue oportuno. O suicida é qual o prisioneiro que se evade da prisão, antes de cumprida a pena; quando preso de novo, é mais severamente tratado. O mesmo se dá com o suicida que julga escapar às misérias do presente e mergulha em desgraças maiores” (Evangelho Segundo o Espiritismo, cap XXVII, item 71)
2. Por que os Espíritos tratam desse assunto com certa constância?
R: Primeiramente, como já afirmamos, porque ele é tema sempre atual, pois que o suicídio tem sido marca constante de nossa civilização; segundo, que é o mais importante: a doutrina dos Espíritos tem um caráter consolador absoluto: através do fato mediúnico (no dizer do cultíssimo Herculano Pires, o fato mediúnico é literalmente uma segunda ressurreição) o espírito volta à carne, não a que deixou no túmulo, mas a do médium que lhe oferece, num gesto de amor, a oportunidade de retorno aos corações que deixou no mundo (Mediunidade, cap 5), é permitido que os próprios suicidas venham dizer-nos que eles não morreram e afirmam que não só não solucionaram o problema que os levou ao ato extremo, como ainda estão “vivos” e, de quebra, com dois problemas: o antigo e o novo, gerado pela violação das leis da Vida. Assim, o Espiritismo trabalha preventivamente para que as pessoas saibam das responsabilidades em praticar atos que possam agravar sua situação futura e não para condená-las ao martírio eterno.
3. Quais as causas que levam o Ser ao suicídio?
R: A incredulidade, a falta de fé, a dúvida, as idéias materialistas. Em suma, crer que o Nada é o futuro, como se o Nada pudesse oferecer consolação, como se fosse remédio para supostamente abreviar o sofrimento, crença que, na verdade, se constitui em covardia moral.
4. Quais as conseqüências do suicídio para o Espírito?
R: Em primeiro lugar, é preciso aclarar-se que o suicídio não apaga a falta cometida, mas, ao contrário, em vez de uma haverá duas; em segundo, que o Espírito, quando se dá conta do ato cometido, constata que nada valeu, ficando literalmente desapontado com os efeitos obtidos e que não eram os buscados, pois se certifica que a vida não se extinguiu e que continua mais real que nunca. Terceiro, e que é bastante doloroso, o suicídio agrava todos os sofrimentos: “depois de prolongados suplícios, nas regiões purgatórias, freqüentemente, após diversas tentativas frustradas de renascimento, readquirem o corpo de carne, mas transportam neles deficiências do corpo espiritual,
cuja harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem cérebros retardados ou moléstias nervosas obscuras”, segundo Emmanuel em Leis de Amor, capitulo VI.

5. Então, não há esperança de recuperação para o suicida?
R: Claro que há – total! Deus é Amor e Ele outorga a todas as Criaturas a maior expressão da Sua Bondade Infinita: a possibilidade de os Seres evoluírem sempre, incessantemente; permite que as existências se sucedam ofertando as oportunidades infinitas de reajuste e reforma; e isso é possível através do mais efetivo veiculo da Lei de Evolução: a reencarnação.
Portanto, os familiares do suicida de ontem ou de hoje não se exasperem, ao contrário, mantenham viva a esperança de que é possível a remissão das faltas e que o Pai de Misericórdia propiciará os meios de fazer com que o próprio autor do ato extremo se reconheça Espírito Eterno e indestrutível, e que a calma, a resignação e a fé serão os mais seguros preservativos contra as idéias autodestrutivas. Não será demais que se lhes repita: Deus é Bondade Infinita e, portanto, não permite que Suas Criaturas sofram indefinidamente e que esse sofrimento poderá ser abreviado mais rapidamente mercê de orações sinceras e cheias de amor de todos quantos querem que se restabeleça o Bem.
PROVAS E SUICÍDIO
A doutrina da liberdade de escolha de nossas existências e das provas que devemos suportar cessa de parecer extraordinária se consideramos que os Espíritos, livres da matéria, apreciam as coisas de uma maneira diferente do que o fazemos nós mesmos. Eles se apercebem do objetivo, de maneira bem mais séria para eles do que dos gozos do mundo ; após cada existência, vêm o que fizeram no passado, e compreendem o que lhes falta ainda atingir em pureza : eis porque se submetem voluntariamente à todas as vicissitudes da vida corporal procurando, por eles mesmos, aquelas que podem fazê-los lá chegar mais prontamente. É por isso justamente que nos admiramos de não ver o Espírito dar preferência a uma existência mais doce. Ele não poderia gozar, em seu estado de imperfeição, uma vida isenta de amarguras ; mas a entrevê, e é para aí chegar que procura se melhorar.
Pode-se ler na questão 957 de O Livro dos Espíritos : « Quais são, em geral, as conseqüências do suicídio para o estado do Espírito ? »
« As conseqüências do suicídio são muito diversas ; não há penas fixadas, e em todos os casos são sempre relativas às causas que a ele conduziram ; mas uma conseqüência à qual o suicida não pode escapar, é o desapontamento. De resto, a sorte não é a mesma para todos : depende das circunstâncias ; alguns expiam sua falta imediatamente, outros em uma nova existência que será pior que aquela da qual interromperam o curso. »
A observação mostra, com efeito, que a situação dos suicidas não é sempre a mesma ; mas há as que são comuns a todos os casos de morte violenta, e que são conseqüência da interrupção brusca da vida. Isso porque, antes de tudo, existe a persistência mais prolongada e mais tenaz do laço que une o Espírito ao corpo, laço esse que está quase sempre com toda sua força no momento em que foi quebrado, enquanto que na morte natural ele se enfraquece gradualmente, e freqüentemente é desatado antes que a vida seja completamente extinta. As conseqüências desse estado de coisas são o prolongamento da perturbação espiritual seguido depois da ilusão que, durante um tempo mais ou menos longo, faz crer ao Espírito que ele ainda está entre o número dos vivos.
A afinidade que persiste entre o Espírito e o corpo produz, em alguns suicidas, uma espécie de repercussão do estado do corpo sobre o Espírito que assim se ressente, malgrado os efeitos da decomposição, e passa por uma plena sensação de angústia e de horror, estado esse que pode persistir por um longo tempo e ter a duração do restante da vida que eles acabaram de interromper. Esse efeito não é geral ; mas em alguns casos de suicídio o Espírito não é libertado das conseqüências de sua falta de coragem, e cedo ou tarde expia seu erro de uma maneira ou de outra. É assim que certos Espíritos, que tinham sido muito infelizes sobre a terra, disseram ter sido suicidas em sua existência precedente, e terem sido voluntariamente submetidos a novas provas para tentar suportá-las com mais resignação. Entre alguns é uma espécie de apego à matéria do qual procuram em vão se desembaraçar para se
elevar para mundos melhores, mas cujo acesso lhes está interditado ; entre a maior parte está o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois disso provaram apenas a decepção.
A religião, a moral e todas as filosofias condenam o suicídio como contrário à lei da natureza ; todos nos dizem em princípio que não se tem o direito de voluntariamente abreviar sua própria vida. Mas por que não se tem esse direito ? Por que não se é livre de dar um termo a seus sofrimentos ? Estava reservado ao Espiritismo demonstrar, pelo exemplo daqueles que sucumbiram, que esse ato não seria somente uma falta, uma infração a uma lei moral, consideração de pouco peso para certos indivíduos, mas sim um ato estúpido, já que nada se ganha, longe disso, muito mais se perde ; isso não é a teoria que nos ensina, são os fatos que são colocados sob os nossos olhos.
Vale anotar: As vicissitudes da vida têm uma causa justa, que pode estar seja na vida presente, seja nas existências passadas.
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS
Allan Kardec no livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" capítulo 5º diz que "a calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio".
A incredulidade, a simples dúvida quanto ao futuro, as idéias materialistas, são os maiores incentivadores do suicídio: elas produzem a frouxidão moral.
Dr. Jorge Andréa no livro "Enfoques Científicos na Doutrina Espírita" abordando essa mesma temática tece as seguintes considerações:
O suicídio , como resultado de um imenso desequilíbrio emocional poderá ser um ato voluntário, porquanto existem outros fatores que concorrem para um suicídio lento despercebido e por isso, considerado involuntário, ou seja, suicídio consciente e inconsciente. As conseqüências são dolorosas. Não morrerão, ninguém se destrói ante a morte.
Há, sem dúvida, agravantes e atenuantes, no exame do suicídio. Eliminam, no mundo espiritual com muito sofrimento o ônus da atitude desequilibrante e quando retornarem à Terra em novas reencarnações terão que passar, por expiações aflitivas.
Joanna de Ângelis no livro "Após a Tempestade" nos fala dessas conseqüências: aqueles que esfacelam o crânio, reencarnam com a idiotia, surdez-mudez, conforme a parte do cérebro afetada, os que tentaram o enforcamento, reaparecem, com os processos da paraplegia infantil; os afogados com enfisema pulmonar, tiros no coração, cardiopatias congênitas irreversíveis, os que se utilizam de tóxicos e venenos, sofrem sob o tormento das deformações congênitas, úlceras gástricas e cânceres. É Joanna ainda que nos diz:
-"Espera pelo amanhã, quando o teu dia se te apresente sombrio e apavorante. Se te parecem insuportáveis as dores, lembra-te de Jesus, ora, aguarda e confia".
Lembremo-nos de Kardec quando coloca no "Evangelho Segundo o Espiritismo" - "Com o Espiritismo a dúvida não sendo mais permitida, modifica-se a visão da vida".
1 – O suicida permanece muito tempo em regiões de sofrimento, no plano espiritual, ou logo reencarna?
Depende de suas necessidades e de como reage à situação que criou. Há os que retornam de imediato à carne. Há os que fazem estágios em regiões de sofrimento. Depois são acolhidos em instituições hospitalares que funcionam nas proximidades dos chamados vales dos suicidas, como descreve Camilo Castelo Branco (1825-1890), no livro Memórias de um Suicida, psicografado por Yvonne Pereira.

2 – Considerando o estado de desequilíbrio de quem comete o gesto tresloucado, não será contra-producente reconduzi-lo à reencarnação?
Em alguns casos é uma necessidade, oferecendo-lhe a bênção do esquecimento e ajudando-o a superar as fixações que precipitaram sua fuga no pretérito.

3 – Haverá alguma conseqüência no novo corpo?
O corpo espiritual ou perispírito é um molde da forma física. Se tem desajustes, estes tenderão a refletir-se nela. Acontece freqüentemente com o suicida.

4 – Poderia dar alguns exemplos?
Quem se mata por afogamento terá problemas respiratórios. Quem ingeriu um corrosivo terá desajustes no aparelho digestivo. Quem atirou na cabeça poderá reencarnar com retardo mental, paralisia cerebral e males semelhantes. Quem põe fogo no corpo terá graves problemas dermatológicos.

5 – Seria uma espécie de castigo?
Mais exatamente uma conseqüência. Se uso uma faca imprudentemente, acabo me cortando. Deus não estará me castigando. Apenas estarei colhendo o resultado de minha imprudência.

6 – Uma encarnação é suficiente para o suicida livrar-se dos desajustes gerados por seu ato?
Isso depende de vários fatores, envolvendo o grau de comprometimento com o gesto tresloucado. Como regra diríamos que, quanto mais esclarecido for, quanto mais ampla sua noção a respeito das responsabilidades da vida, maior o estrago perispiritual, mais demorada a recuperação.

7 – Pode prolongar-se por mais de uma existência?
É possível, dependendo de como reage. Podem ocorrer complicações, envolvendo, sobretudo, a reincidência. Em existência futura o indivíduo sentir-se-á tentado a cometê-lo novamente, quando enfrentar situações que motivaram sua fuga no passado.

8 – Há um aumento preocupante de suicídios em todos os países. O que pode ser feito a respeito?
A Doutrina Espírita é uma vacina contra o suicídio, mostrando-nos que se trata de uma porta falsa, que nos precipita em sofrimentos mil vezes acentuados. Por isso, um dos grandes recursos para combater o suicídio é a sua divulgação. Trata-se de um trabalho abençoado que todos podemos desenvolver, particularmente usando livros espíritas, distribuindo-os a mão cheia, como ensina Castro Alves (1847-1871).
 
ERRATICIDADE

Até 1943, os espíritas brasileiros tinham sobre a Erraticidade uma idéia um tanto vaga. É verdade que alguns autores espiritualistas falavam dela como algo bem concreto, uma cópia da vida terrena. No entanto, isso não era encarado com muita atenção pela coletividade espiritista.
Eis que, em 1943, tudo muda. Pelo lápis de Francisco Cândido Xavier, André Luiz, pseudônimo de um médico brasileiro, desencarnado na década de 30, envia-nos uma série de obras que começa com "Nosso Lar". O livro foi encarado de início com um misto de alegria, perplexidade, ceticismo e desconfiança. "Nosso Lar" era-nos apresentado como uma colônia. Em tudo semelhante à Terra. Hospitais, repartições, ambiente pleno de flores e até de frutos, água, etc. E não era só. Havia também o famoso "Umbral", no qual André Luiz passou cerca de 8 anos. Falando de suas vivências, nessa região inferior, este autêntico e maravilhoso repórter de outro mundo, alude inclusive, a "necessidades fisiológicas". Como entender tudo isso?
Para compreendermos as informações de André Luiz, necessitamos de algumas idéias-chave:
Evolução Espiritual
Milenarmente acostumados às energias densas da matéria, não seria possível adaptar-nos de maneira imediata a um mundo totalmente sutil, somente acessível aos Espíritos Puros ou Angélicos.
Perispírito
O perispírito, campo eletromagnético, matriz do nosso corpo físico, é ainda matéria, embora quintessenciada. Ora, todos estamos acostumados ao fenômeno do "órgão fantasma" quando se amputa um membro do corpo, durante muito tempo a sensação desse membro permanece. Conhecemos um caso de um homem que perdeu uma perna e, no entanto, sentia o pé amputado, no chão. Observe-se que não se trata aqui apenas de sensação do membro amputado, mas da percepção da posição deste membro tocando o solo.
Energia Cósmica ou Fluido Universal
A energia que Allan Kardec denominou Fluido Universal é a matriz de todos os elementos do plano físico, logo, devidamente manipulada e combinada, pode reproduzir qualquer dos objetos que nos cercam. (Vide o "Laboratório do Mundo Invisível", em O Livro dos Médiuns).
Poder do Pensamento
Como porém, manipular a matéria cósmica? Exatamente através do pensamento. Voluntária ou involuntariamente, uma vez desencarnados, criamos tudo a nossa volta, Por sua vez, nosso perispírito conserva impressões e necessidades mais ou menos ligadas ao Plano Físico, de acordo com o nosso progresso espiritual.
Se nos debruçarmos sobre a obra de André Luiz, absorveremos tão copioso manancial de ensinamentos que só podemos perceber nela uma extraordinária continuação da Doutrina Espírita. Confirmando e desenvolvendo o que os Mentores transmitiram a Allan Kardec, André Luiz nos fala das conseqüências, após a morte, de todas as nossas atitudes felizes ou infelizes.
"Nosso Lar" e outras colônias espirituais são construções do futuro que almejamos para o nosso próprio planeta. O "Umbral" por sua vez, sendo antes de mais nada um estado de consciência, é apenas a exacerbação dos sentimentos de culpa que estavam escondidos dentro de nós. Tudo começa em nossa própria alma, por isso, na mensagem que antecede o primeiro capítulo de sua obra, afirma André Luiz:
"Oh! caminhos das almas, misteriosos caminhos do coração! É mister percorrer-vos, antes de tentar a suprema equação da Vida Eterna! É indispensável viver o vosso drama, conhecer-vos detalhe a detalhe, no longo processo do aperfeiçoamento espiritual...!"
Erraticidade é o mesmo que Plano Espiritual? Por erraticidade entende a Doutrina Espírita o estado em que se encontra o Espírito entre duas encarnações. Essa condição mais ou menos ditoso é determinada pelas atidudes morais desenvolvidas pelo indivíduo.
Os Espíritos já sem um corpo material são chamados de "Errantes".

224. a)Quanto tempo podem durar estes intervalos?
Desde algumas horas até alguns milhares de séculos. Propriamente falando, não há extremo limite estabelecido para o estado de erraticidade, que pode prologar-se muitíssimo, mas que nunca é perpétuo...

Talvez as gerações novas tenham esquecido do mito do judeu errante.
Conta-se que Ashverus, um sapateiro, teria sido amaldiçoado por Jesus no episódio da crucificação por recusar-se a ajudá-lo ou por tê-lo tripudiado. Ele foi condenado a viver eternamente sem morrer, vagando pelo mundo. Dizem algumas variantes da história que ele vagará até a parusia ou volta de Jesus.
Quem sabe Kardec se inspirou nesta história fantasiosa ao escolher a palavra erraticidade, para designar a condição do espírito no intervalo das encarnações, "que aspira a novo destino, que espera". (O Livro dos Espíritos, questão 224). Ao empregar a palavra erraticidade, Kardec não parece referir-se a um lugar, mas a um estado dos espíritos. No comentário da questão 226, ele deixa claro que os espíritos podem ser encarnados, errantes ou puros.
A palavra errante, segundo o mestre Houaiss, vem do latim "errans, errantis" e significa "que anda sem destino, que se engana".
Erraticidade, portanto, não é o mesmo que "mundo dos espíritos" (linguagem kardequiana) ou plano espiritual (termo empregado amiúde por André Luiz), posto que os espíritos puros, em tese, participariam do mundo espiritual, mas não se encontram em erraticidade, porque não mais necessitariam reencarnar.

Assunto pesquisado por Flávio de Souza

O sono e sua importância no campo espiritual - Benevolente !

É no momento do sono que nosso espírito se desprende do corpo físico, permanecendo ligado por um cordão fluídico, e assume suas capacidades espirituais.
Como está descrito no Evangelho Segundo o Espiritismo, "o sono foi dado ao homem para a reposição das forças orgânicas e morais. Enquanto o corpo recupera as energias que perdeu pela atividade no dia anterior, o espírito vai se fortalecer entre outros espíritos".

Por isso a importância de termos uma conduta moral aplicada, com boas companhias, leituras e músicas. Nossas companhias do dia serão as da noite, ou seja, o nosso pensamento vai atrair espíritos encarnados ou desencarnados que tenham a mesma sintonia que a nossa.

Nosso cérebro tem registro objetivo apenas para experiência que passam pelos cinco sentidos – tato, paladar, olfato, visão e audição. Essa é uma das razões pelas quais não lembramos das existências anteriores. Ao reencarnar, ficamos na dependência de cérebro “zero-quilômetro, sem registros do pretérito. Algo semelhante ao que ocorre em relação às nossas atividades no plano espiritual, durante o sono.

Há exceções, envolvendo pessoas dotadas de uma mediunidade especial, chamada onirofania, que permite o registro objetivo das experiências vividas no mundo espiritual durante as horas de sono. Exemplos típicos são os sonhos de José, pai de Jesus, que, em inúmeras oportunidades, foi orientado durante o sono por Gabriel, mentor espiritual de elevada hierarquia que o acompanhava.

O sono, desde os tempos primitivos, muito mais do que o refazimento físico, proporcionou aos Espíritos em estado recente de pensamento contínuo, pouco a pouco, maior liberdade de ação no plano espiritual.
Foi então que a consciência teria despertado e iniciado atividades.
Engedrado por entidades siderais como recurso reparador, o sono, desde sempre possibilitou acesso à mentalização.

Dormindo, desde seus primeiros tempos primitivos, o homem como que treina para a morte. E mais: com o corpo seguramente ligado ao perispírito, naqueles primórdios, a alma pouco se afastava do corpo físico quando este dormia, permanecendo fixado e próximo aos seus interesses imediatos.
Nas leis da vida observamos que os iguais se atraem, assim, os bons pensamentos atraem os bons Espíritos e os maus pensamentos, obviamente, atraem os espíritos imperfeitos.
Ao observarmos detidamente nossos sentimentos podemos observar que sempre que temos sentimentos de angústia, ansiedade indefinida ou mesmo satisfação ou insatisfação interior sem causa conhecida, estamos tendo a comunicação inconsciente de espíritos ou até mesmo entrando em contato com eles durante o sono.
É, no descanso do corpo físico, o Espírito desprende-se e aproveita para retomar parcialmente sua relativa liberdade, permanecendo ligado ao corpo físico por um cordão fluídico/energético. Dependendo de seus interesses e evolução poderá aproveitar estes momentos para visitar outras esferas espirituais onde terá oportunidade de aprender e trocar idéias com seres que, com ele, se afinizam. Pode, também, visitar amigos que estão no plano físico ou no plano espiritual. Se forem Espíritos excessivamente apegados a matéria, poderão buscar ambientes mundanos para se satisfazerem.
Se, ao despertar sentimos paz e alegria, é que estivemos em boas companhias, mas se acordamos de mau humor, cansados e oprimidos, é porque estivemos com Espíritos ignorantes.
Como escolher a companhia que teremos durante o sono? Seria possível evitar a ida a lugares sombrios ou juntar-se aos espíritos nocivos e viciosos?
Sim, a terapêutica é tão simples quanto difícil de ser seguida por todos.
Devemos ter como hábito, antes de dormir, orar a Deus e aos bons Espíritos para que, durante o sono, nossa Alma possa estar em sintonia com os planos elevados da Criação. (Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos, Perg.459)
Contudo, com o amadurecimento proporcionado pelas sucessivas vidas físicas (reencarnações), já na sonolência, a mente passou a propiciar-lhe, pouco a pouco, meditações mais profundas sobre sua vida, seus problemas, suas necessidades, suas inquietações, seus desejos.
Libertado do corpo físico pelo sono, a mente se volta para si mesma.

Segundo sua vivência, plasma sonhos, retirando-os das suas idéias, das suas imagens, dos seus desejos. Tais sonhos, naturalmente, consentaneamente com o estado de alma, serão bons ou ruins. A aura deste sonhador, anunciando (ou denunciando) para os espíritos desencarnados de quem se trata. Atrairá para ele inteligências amigas ou sugadores de suas energias, caracterizando-se a obsessão.
Não se diga que a alma, no sono, é sempre expectadora: não tardará a que, depois de multiplicadas experiências se torne agente (do bem ou do mal) passando a ter alguma consciência e, por vezes, até agindo identificado com o estado em que se encontra (dormindo, sonhando).
No sono, cada homem irá ao endereço-objeto dos seus desejos, dos seus interesses: o lavrador ao campo de semeadura; o escultor ao mármore; o caridoso se engaja em assistência a necessitados; o culpado ao local do crime... Todos, sem exceção, terão afins por companhia.
De início, pela hipnose comum, cada Espírito foi se equipando dos primeiros movimentos da mediunidade. Cada faculdade mediúnica foi se implantando espontaneamente, em razão do desprendimento da parte física correspondente, como por exemplo, pelos órgãos da visão a clarividência e pelo ectoplasma, a materialização.
No primitivismo, tais faculdades mediúnicas, sem método, sob ignorância e com desregramentos, descambaram para a fascinação recíproca (encarnados-desencarnados) e/ou para a magia elementar.
Qual o estado da alma durante o sono?
No sono é só o corpo que repousa, mas o Espírito não dorme. As observações práticas provam que, nessas condições, o Espírito goza de toda a liberdade e da plenitude das suas faculdades; aproveita-se do repouso do corpo, dos momentos em que este lhe dispensa a presença, para agir separadamente e ir aonde quer. Durante a vida, qualquer que seja a distância a que se transporte, o Espírito fica sempre preso ao corpo por um cordão fluídico, que serve para chamá-lo, quando a sua presença se torna necessária. Só a morte rompe esse laço.
Durante o sono, a alma repousa como o corpo?

“Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.”

O sono liberta parcialmente a alma do corpo. Quando o homem dorme, momentaneamente se encontra no estado em que estará de maneira permanente após a morte.

Os Espíritos que logo se desprendem da matéria, ao morrerem, tiveram sonhos inteligentes. Esses Espíritos, quando dormem, procuram a sociedade dos que lhes são superiores: viajam, conversam e se
instruem com eles; trabalham mesmo em obras que encontram concluídas, ao morrer. Destes fatos deveis aprender, uma vez mais, a não ter medo da morte, pois morreis todos os dias, segundo a expressão de um santo.

Isto, para os Espíritos elevados; pois a massa dos homens que, com a morte, devem permanecer longas horas nessa perturbação, nessa incerteza de que vos têm falado, vão, seja a mundos inferiores à Terra, onde antigas afeições os chamam, seja à procura de prazeres talvez ainda mais baixos do que possuíam aqui; vão beber doutrinas ainda mais vis, mais ignóbeis, mais nocivas do que as que professavam entre vós. E o que engendra a simpatia na Terra não é outra coisa senão o fato de nos sentirmos, ao acordar, ligados pelo coração aqueles com que acabamos de passar oito ou nove horas de felicidade ou prazer.
O que explica também as antipatias invencíveis é que sentimos, no fundo do coração, que essas pessoas tem uma consciência diversa da nossa, porque as conhecemos sem jamais as ter visto. É ainda o que explica a indiferença, pois não procuramos fazer novos amigos quando sabemos ter os que nos amam e nos querem. Numa palavra: o sono influi mais do que podemos imaginar, sobre a nossa vida.
Por efeito do sono, os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos, e é isso o que faz que os Espíritos superiores consintam, sem muita repulsa, em encarnar-se entre nós.

Deus quis que durante o seu contato com o vício, pudessem eles retemperar-se na fonte do bem, para não falirem, eles que vinham instruir os outros.

O sono é a porta que Deus lhes abriu para o contato com os seus amigos do céu; é o recreio após o trabalho, enquanto esperam o grande livramento, a libertação final, que deve restituí-los ao seu verdadeiro meio.
O sono é uma necessidade fisiológica para descanso do corpo, mas o espírito não precisa desse descanso. Enquanto o corpo se relaxa, afrouxam-se os liames entre o espírito e o corpo. Assim, o espírito tem a possibilidade de entrar em contato com o mundo espiritual.
Após esse encontro, que está sempre regido pelo centro de interesse do espírito que se emancipa do corpo, provisoriamente, ele retorna ao corpo, cujos implementos orgânicos, cerebrais, não têm possibilidade de percepção total da experiência vivida pelo espírito no contato com o plano espiritual.
Desta maneira, permanecem a nível consciente retalhos, fragmentos de lembranças daquela experiência. No entanto, a nível subliminar, subconsciente, a emoção da experiência permanece viva. Quando o espírito encarnado está no estado de vigília e entra em relação com pessoas que estejam relacionadas com o teor do sonho, dentro do centro de interesse do sonho, automaticamente este espírito encarnado sente a emoção invadir o seu ser como o mar invade a praia, sem que ele consiga explicar conscientemente como foi que se processou isso.
O Livro dos Espíritos" nos ensina que esses vínculos afetivos são magnéticos e o Magnetismo nos aproxima sem determinar o que deveremos fazer dessa aproximação, pois será o uso do nosso livre-arbítrio que terá essa função. Assim sendo, é necessário que se verifique que emoção bateu quando se encontrou uma pessoa dita desconhecida: Antipatia? Simpatia? Alegria? Medo? Ou indiferença?
Quando encontramos com um espírito encarnado ou desencarnado, no plano espiritual, durante o sono, estes espíritos poderão ter um significado para nós. Por exemplo: alguém muito paternal, que me lembra muito o meu pai, sem que ele seja exatamente o meu pai. Pode ser um espírito desconhecido que pode estar ali em relação comigo e que eu emprestei um significado a esse espírito. Por outro lado, posso encontrar um pai de outra vida e funcionar tudo às avessas. Como esses registros estão muito na profundidade do inconsciente, é como se eu não o conhecesse.
Porque, muitas vezes, ao acordamos, nos sentimos bem mais cansados do que quando deitamos para dormir?
O espírito se desdobra do corpo durante o sono, mas continua com as preocupações do dia-a-dia e, em muitas ocasiões, reencontra pessoas em ambientes que têm a ver com os conflitos desse dia-a-dia e continuam discutindo as questões difíceis que consumiram esta pessoa durante o dia.
O corpo se ressente porque, afinal de contas, as angústias são originárias do espírito, o corpo só as decodifica. Não podemos afastar também a hipótese de que espíritos fascinadores e obsessores possam estar subtraindo energias deste encarnado que, ao sair do corpo, se submete às falácias do espírito inteligente e mau (obsessor)
Considerações Finais:
Somos espíritos imortais. A pátria espiritual é a verdadeira
Aqui na Terra temos uma cópia muito imperfeita. O que seria de nós, espíritos, se vivêssemos encarnados sem poder sonhar, sem poder voltar ao contato com o plano espiritual que, afinal de contas, é a matriz?
Por outro lado, é através do SONO e do SONHO que exercitamos a morte, que pode ser considerada nossa emancipação definitiva.

Assunto pesquisado por Vilmar Cardoso dos Santos

Como ser feliz – Consolo !

O que é felicidade ou ser feliz? É a meta da existência, o desafio psicológico aguardando o amadurecimento do ser humano.
O homem procura no material, no adquirir bens e nunca está satisfeito, deixando o tempo passar e não percebe que o tempo não volta. Deixa para fazer amanhã e não pára para refletir que tem uma vida perfeita, que caminha, que tem dois olhos para ver tudo de lindo e maravilhoso que Deus deu. Tem ouvidos para ouvir coisas boas e coisas que a gente não gostaria de ouvir. Mas tudo faz parte. Pessoas que não tem o corpo perfeito e são felizes provam que os homens estão procurando a felicidade no lugar errado.

A felicidade está em tudo que se faça em casa... Transforme sua casa num lar de convivência agradável.
Seja você o elemento que busca a felicidade, transforme sua vida entre quatro paredes num presente e entregue àqueles que moram com você. A amizade entre os membros do grupo é fundamental para a felicidade do grupo.
Faça do seu trabalho uma atividade prazerosa e útil para sua felicidade.
Considere o dinheiro um instrumento resultante do trabalho digno e com ele poderá proporcionar a felicidade pessoal e a dos que convivem com você. Use-o sem se deixar escravizar por ele.

Ser feliz em tudo o que fazemos é meta possível na medida em que estivermos inteiros e conscientes na realização de nossos próprios atos.
A aplicabilidade das sugestões acima deve ser particular e cada pessoa poderá descobrir a sua melhor forma de inserir na vida prática as condutas promotoras da felicidade que almeja.
Nessa linha de pensamento, alerto para que tomemos cuidado de não terceirizar nossa vida, ou seja, acreditarmos que o outro nos fará feliz e resolverá nossos problemas. Também não acredite que a felicidade dos outros depende de você.

DECISÃO DE SER FELIZ

Empenha-te ao máximo para tornar tua vida agradável a ti mesmo e aos outros.
É importante que, tudo quanto faças, apresente um significado positivo, motivador de novos estímulos para o prosseguimento da tua existência, que se deve caracterizar por experiências enriquecedoras.
Se as pessoas que te cercam não concordarem com a tua opção de ser feliz, não te descoroçoes, e, sem qualquer agressão, continua gerando bem-estar.
És a única pessoa com quem contarás para estar contigo, desde o berço até o túmulo, e, depois dele, como resultado dos teus atos...
Gerar simpatia, produzindo estímulos otimistas para ti mesmo, representa um crescimento emocional significativo, a maturidade psicológica em pleno desabrochar.
É relevante que o teu comportamento produza um intercâmbio agradável, caricioso, com as demais pessoas. No entanto, se não te comprazer, transformar-se-á em tormento, induzindo-te a atitudes perturbadoras, desonestas.
Tuas mudanças e atitudes afetam aqueles com os quais convives. É natural, portanto, que te plenificando brindem-te com mais recursos para a geração de alegrias em volta de ti.
Todos os grandes líderes da Humanidade lutaram até lograr sua meta - alcançar o que haviam elegido como felicidade, como fundamental para a contínua busca.
Buda renunciou a todo conforto principesco para atingir a iluminação.
Maomé sofreu perseguições e permaneceu indômito até lograr sua meta.
Gandhi foi preso inúmeras vezes, sem reagir, fiel aos planos da não-violência e da liberdade para o seu povo.
E Jesus preferiu a cruz infamante à mudança de comportamento fixado no amor.
Todos quanto anelam pela integração com a Consciência Cósmica geram simpatia e animosidade no mundo,
estando sempre a braços com os sentimentos desencontrados dos outros, porém fiéis a si mesmos, com quem sempre contam, tanto quanto, naturalmente, com Deus.
Quando se elege uma existência enriquecida de paz e bem-estar, não se está eximindo ao sofrimento, às lutas, às dificuldades que aparecem. Pelo contrário, eles sempre surgem como desafios perturbadores, que a pessoa deve enfrentar, sem perder o rumo nem alterar o prazer que experimenta na preservação do comportamento elegido. Transforma, dessa maneira, os estímulos afligentes em contribuição positiva, não se lamentando, não sofrendo, não desistindo.
Quem, na luta, apenas vê sofrimento, possui conduta patológica, necessitando de tratamento adequado.
A vida é benção, e deve ser mantida saudável, alegre, promissora, mesmo quando sob a injunção libertadora de provas e expiações.
Tornando tua vida agradável, serão frutíferos e ensolarados todos os teus dias.
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco



Disse o Cristo: “Bem aventurados os aflitos, porque eles serão consolados.” Mas como se pode ser feliz por sofrer se não sabemos por que sofremos?

O Espiritismo revela que a causa está nas existências anteriores e na própria destinação da Terra, onde o homem expia o seu passado. Revela também o objetivo, mostrando que os sofrimentos são como crises salutares que leva à cura, é a purificação que assegura a felicidade nas existências futuras. O homem compreende que mereceu sofrer, e acha justo o sofrimento. Sabe que esse sofrimento auxilia o seu adiantamento, e o aceita sem queixas, como o trabalhador aceita o serviço que lhe assegura o salário. O espiritismo lhe dá uma fé inabalável no futuro, e a dúvida pungente não tem mais lugar na sua alma. Fazendo-o ver as coisas do alto, a importância das vicissitudes terrenas e se perde no vasto e esplêndido horizonte que ele abarca, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá paciência, a resignação e a coragem para ir até o fim do caminho.

Assim realiza o Espiritismo o que Jesus disse do consolador prometido: conhecimento das coisas - que faz o homem saber de onde vem e para onde vai e porque está na Terra. Lembrança dos verdadeiros princípios da lei de Deus, e consolação pela fé e pela esperança.
- Encontro com a paz e a saúde (Divaldo Franco)

Assunto pesquisado por Inez Foppa

Obsessão !

Obsessões podem ser definidas como ideias, imagens ou pensamentos que invadem a mente do indivíduo, independentemente da sua vontade. Algumas pessoas estão presas por pensamentos que destroem a vida mental. Nisso ficando sem personalidade e sem paz. A palavra de Deus diz: “Vinde a mim todos os cansados e oprimidos e Eu vos ALIVIAREI. Mateus – Cap. 11:28.

Obsessão Simples
Fascinação
Subjugação


No número das dificuldades que a prática do Espiritismo apresenta é necessário colocar a da obsessão em primeira linha (237 LM). Trata-se do domínio que alguns Espíritos podem adquirir, sobre certas pessoas. São sempre os Espíritos inferiores que procuram dominar, pois os bons não exercem nenhum constrangimento. Os bons aconselham, combatem a influência dos maus, e se não os escutam preferem retirar-se. Os maus, pelo contrário, agarram-se aos que conseguem prender. Se chegam a dominar alguém, identificam-se com o Espírito da vítima e a conduzem como se faz com uma criança.

A obsessão apresenta características diversas que precisamos distinguir com precisão, resultantes do grau do constrangimento e da natureza dos efeitos que este produz. A palavra obsessão é, portanto um termo genérico pelo qual se designa o conjunto desses fenômenos, cujas principais variedades são: a obsessão simples, a fascinação e a subjugação.
A obsessão simples verifica-se quando um Espírito malfazejo se impõe a um médium, intromete-se contra a sua vontade nas comunicações que ele recebe, o impede de se comunicar com outros Espíritos e substitui os que são evocados.
Podemos incluir nesta categoria os casos de obsessão física, que consistem nas manifestações barulhentas e obstinadas de certos Espíritos que espontaneamente produzem pancadas e outros ruídos.

A fascinação tem conseqüências muito mais graves. Trata-se de uma ilusão criada diretamente pelo Espírito no pensamento do médium e que paralisa de certa maneira a sua capacidade de julgar as comunicações. O médium fascinado não se considera enganado. O Espírito consegue inspirar-lhe uma confiança cega, impedindo-o de ver a mistificação e de compreender o absurdo do que escreve, mesmo quando este salta aos olhos de todos. A ilusão pode chegar a ponto de levá-lo a considerar sublime a linguagem mais ridícula. Enganam-se os que pensam que esse tipo de obsessão só pode atingir as pessoas simples, ignorantes e desprovidas de senso. Os homens mais atilados, mais instruídos e inteligentes noutro sentido, não estão mais livres dessa ilusão, o que prova tratar-se de uma aberração produzida por uma causa estranha, cuja influência os subjuga.
Dissemos que as conseqüências da fascinação são muito mais graves. Com efeito, graças a essa ilusão que lhe é conseqüente o Espírito dirige a sua vítima como se faz a um cego, podendo levá-lo a aceitar as doutrinas mais absurdas e as teorias mais falsas como sendo as únicas expressões da verdade. Além disso, pode arrastá-lo a ações ridículas, comprometedoras e até mesmo bastante perigosas
A subjugação é um envolvimento que produz a paralisação da vontade da vítima, fazendo-a agir malgrado seu. Esta se encontra, numa palavra, sob um verdadeiro jugo.
A subjugação pode ser moral ou corpórea. No primeiro caso, o subjugado é levado a tomar decisões freqüentemente absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão considera sensatas: é uma espécie de fascinação. No segundo caso, o Espírito age sobre os órgãos materiais, provocando movimentos involuntários.
No médium escrevente produz uma necessidade incessante de escrever, mesmo nos momentos mais inoportunos. Vimos subjugados que, na falta de caneta ou lápis, fingiam escrever com o dedo, onde quer que se encontre, mesmo nas ruas, escrevendo em portas e paredes.
Dava-se antigamente o nome de possessão ao domínio exercido pelos maus Espíritos, quando a sua influência chegava a produzir a aberração das faculdades humanas. A possessão corresponderia, para nós, à subjugação. Se não adotamos esse termo, é por dois motivos: primeiro, por implicar a crença na existência de seres criados para o mal e perpetuamente votados ao mal, quando só existem seres mais ou menos imperfeitos e todos eles suscetíveis de se melhorarem; segundo, por implicar também a idéia de tomada do corpo por um Espírito estranho, numa espécie de coabitação, quando só existe constrangimento. A palavra subjugação exprime perfeitamente a idéia. Assim, para nós, não existem possessos, no sentido vulgar do termo, mas apenas obsedados, subjugados e fascinados.
Reconhece-se a obsessão pelas seguintes características:
1) Insistência de um Espírito em comunicar-se queria ou não o médium, pela escrita, pela audição, pela tiptologia etc., opondo-se a que outros Espíritos o façam.
2) Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações recebidas.
3) Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem falsidades ou absurdos.
4) Aceitação pelo médium dos elogios que lhe fazem os Espíritos que se comunicam por seu intermédio.
5) Disposição para se afastar das pessoas que podem esclarecê-lo.
6) Levar a mal a crítica das comunicações que recebe.
7) Necessidade incessante e inoportuna de escrever.
8) Qualquer forma de constrangimento físico, dominando-lhe à vontade e forçando-o a agir ou falar sem querer.
9) Ruídos e transtornos em redor do médium, causados por ele ou tendo-o por alvo.

Assunto pesquisado por Nathália Lanzarin