sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A relação entre o Mentor e o Médium !

É sempre bom lembrar que todos nós somos Espíritos e médiuns, em maior ou menor grau, encarnados ou desencarnados, crianças ou jovens, adultos ou idosos, somos os mesmos, com virtudes e defeitos, hábitos e gostos, jeitos e trejeitos. Estamos em toda parte, onde existir vida em sociedade, simples e ignorantes ou complexos e cultos, em constante interação de pensamentos, ações e sentimentos. Às vezes mudamos de aparência, mas na essência continuamos sendo as mesmas criaturas; mudamos de ponto de vista sobre algumas coisas da vida, de opinião sobre alguns assuntos desse ou daquele contexto, mas continuamos os mesmos. Só mudamos de fato quando transformamos os nossos sentimentos e atitudes sobre as coisas e as pessoas. Isso realmente nos transforma em outras pessoas, a ponto de não sermos reconhecidos por quem nos conheceu antes. Quem te viu, quem te vê, heim? Não nos identificamos mais com aquela pessoa do passado, pois adquirimos uma nova identidade. Não são aparências ou máscaras, é mudança real mesmo. No corpo carnal acontecem as mudanças biológicas, transitórias, pelos regimes alimentares, exercícios físicos, rejuvenescimento ou envelhecimento. No corpo espiritual essa mudança é diferente e duradoura: ocorre uma iluminação natural, causada pela mudança nas estruturas do perispírito, através do brilho dos centros de força (chacras), que são uma espécie de glândulas etéricas de captação e distribuição de energias e que refletem em forma de luz e cores, formando também a nossa aura. Nesse caso o espanto de quem nos vê modificado é redobrado. O problema é que as mudanças reais só acontecem depois de grandes transtornos e perturbações, dores causadas por choques de provas e expiações. Todo Espírito encarnado sabe disso, pois traz essa informação guardada no inconsciente, entre a zona de conforto e a zona de perigo. Temos conosco, cada qual com a sua marca, uma equação existencial para ser solucionada em algum momento da vida. Todos nós sabemos que, mais cedo ou mais tarde, esse momento vai chegar, mesmo que não tenhamos uma lembrança consciente dos compromissos que assumimos antes de reencarnar. É para isso que serve as existências e é também por isso que nos matriculamos na Escola da Vida.

 
                                                      O Maior Exemplo: Jesus
 
Na formação do nosso planeta, nos dizem os espíritos, ele já era perfeito e ali estava, orientando os espíritos abnegados na construção de nosso planeta.
E mais à frente, quando ainda andávamos capengas, com toda sua infância e doçura, ele ali estava, nos orientando em nossa infância, como um pai orienta um filho.
Mais tarde, já conscientes de nós mesmos, agimos como escorpiões, picando sua mão, escolhendo pela prática do errado. Maltratando nossos irmãos, agindo como selvagens.
Porém, em toda sua doçura e bondade, mais uma vez, ele nos estendeu sua mão, aquela mesma que nós picamos, e com ajuda dos espíritos superiores, reduziu sua luz, tomou uma veste carnal e veio até nós, trazer sua sabedoria, um manual do bem viver, nosso sublime legado.
E mais uma vez picamos sua mão, desrespeitando seus ensinamentos, nos aproveitando de nossos irmãos mais simples, usando suas palavras de acordo com nossa conveniência, criando seitas, matando em seu nome.
Quantas vezes, em nossa arrogância suprema, nos intitulamos os donos da verdade, ferindo convicções alheias, impondo nossa maneira de ser e quando uma pequena ofensa nos foi feita, blasfemamos, xingamos a tudo e a todos e às vezes nem foi verdadeiramente uma ofensa, mas só uma verdade que feriu nosso orgulho. Então dizemos com veemência: jamais perdoarei.
Mas devemos lembrar que mesmo depois de Judas ter traído, depois de nós escolhermos Barrabás, depois de Pilatos ter lavado as mãos, e mesmo depois de lhe terem colocado uma coroa de espinhos, de ter que carregar uma cruz pesada e de ser chicoteado no meio da multidão, de ser crucificado nu, mesmo depois de tanta humilhação, de tanta ingratidão, suas últimas palavras foram um pedido a Deus: Pai, perdoa-os, porque não sabem o que fazem.
Rodinei Carlos Moura

Assunto pesquisado por Susana Santos

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