quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Espiritismo, Sexualidade e Matrimônio


Em resposta, disse: não lestes que o criador, no princípio, os fez macho e fêmea? E disse: por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne? 
                                                           Jesus. (Mateus, 19: 4 e 5)
 O espiritismo é claramente a favor do casamento e da família, sem pretender uma indissolubilidade conjugal, por ser esta absolutamente fora das leis naturais da vida.
Casamento não é um ato marcado por assinatura de papéis, muito embora as leis de um país assim o possam requerer, como formalidade para atender a necessidades legais, dando-se “A Cesar o que é de Cesar”.
O matrimônio se alicerça num processo de união de alma para alma, exigindo um contrato de coração a coração, que se vai afirmando no tempo.
Devemos considerar o casamento não somente como o ato de casar-se, mas sim como um hábito de caminhar no acasalamento.
Na perspectiva espírita não há rito religioso, não comportando, pois, atitudes que lembrem celebrações litúrgicas oficiadas por autoridades eclesiásticas, dentro de uma hierarquia sacerdotal que é de todo inexistente no espiritismo.
Para a doutrina espírita, o casamento deve observar a lei divina, ou seja, se estabelece pela lei de amor, aliada à união sexual em nível material, conforme propõe Allan Kardec.
 A dimensão religiosa do Espiritismo não contempla culto externo como manifestação de crença, dispensando, desse modo, todo e qualquer ritualismo, simbolismo religiosos e casamentos, não obstante respeite profundamente as religiões que se valem desses expedientes como parte de sua estrutura de funcionamento.
Para a doutrina espírita, o que, efetivamente, torna sagrado um matrimônio não é a intermediação de alguém a quem se atribui uma autoridade religiosa, nem sempre em dia com a divindade, mas sim, a qualidade divina da interação das almas que se entrelaçam nas juras de amor.
O que diviniza um casamento não são as festividades das bodas de um dia, fáceis de concretizar, porém o quanto de amor se acrescenta a cada dia na construção afetiva, por meio do cuidado, do respeito, da fidelidade, da compreensão, do devotamento, da ternura, do perdão.
Pergunta: Será contrário à lei da natureza o casamento, isto é, a união permanente de dois Seres?
R= “É um progresso na marcha da humanidade”
                                                        (O livro dos Espíritos – questão 695)

 Que efeito teria sobre a sociedade humana a abolição do casamento?
R= “Seria uma regressão à vida dos animais”
                                                        (O Livro dos Espíritos – questão 696)
Assunto pesquisado por Fátima Lanzarin

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