William Crookes nasceu em Londres, tendo sido o primeiro filho de Joseph Crookes, um alfaiate vindo do norte do país, com a sua segunda esposa, Mary Scott. Com 15 anos, iniciou sua carreira científica ingressando na (Faculdade Real de Química). Em 1856 desposou Ellen, com a qual teve três filhos e uma filha.
A partir de então, a sua vida foi passada em Londres e devotada principalmente ao trabalho independente, jornalístico, de consultoria e acadêmico. Em 1859 fundou uma revista científica que foi editada, por muitos anos, de modo bem menos formal do que as revistas das sociedades científicas à época.
A partir de então, a sua vida foi passada em Londres e devotada principalmente ao trabalho independente, jornalístico, de consultoria e acadêmico. Em 1859 fundou uma revista científica que foi editada, por muitos anos, de modo bem menos formal do que as revistas das sociedades científicas à época.
A abrangência de seus interesses, incluindo ciência pura e aplicada, problemas econômicos e práticos e temas de pesquisa psíquica, fez dele uma personalidade bem conhecida, tendo recebido muitas honrarias públicas e acadêmicas.
Foi nomeado cavaleiro em 1897 e, em 1910, recebeu a (Ordem do Mérito) do Rei Eduardo VII, além de por várias vezes ter sido presidente da Sociedade de Química. Faleceu em Londres em 1919, dois anos após a sua esposa, à qual foi muito devotado.
Foi nomeado cavaleiro em 1897 e, em 1910, recebeu a (Ordem do Mérito) do Rei Eduardo VII, além de por várias vezes ter sido presidente da Sociedade de Química. Faleceu em Londres em 1919, dois anos após a sua esposa, à qual foi muito devotado.
Muito embora tenha sido ele, grande colaborador acerca de estudos de química e física, não pode-se olvidar sua grande contribuição para os estudo relacionados ao espiritismo. Assim, em 1870 Crookes decidiu que a ciência tinha a obrigação de estudar os fenômenos associados com o Espiritualismo.
Dotado de invejável fibra de investigador, acabou por pesquisar os fenômenos mediúnicos, a princípio, com o fim de demonstrar o erro em que incidiam os ditos “médiuns” e todos aqueles que acreditavam piamente em suas mediunidades. No entanto, ele estava determinado a conduzir sua investigação de forma imparcial e descreveu as condições que ele impunha aos médiuns da seguinte forma: "Deve ser na minha própria casa e com minha própria seleção de amigos e espectadores, sob minhas próprias condições e podendo eu fazer o que achar melhor quanto a dispositivos".
Os fenômenos que ele testemunhou incluíram movimento de corpos à distância, tiptologia, alteração de peso dos corpos, levitação, aparência de objetos luminosos, aparência de figuras fantasmagóricas, aparência de escrita sem intervenção humana e circunstâncias que "sugerem a atuação de uma inteligência externa".
As mais notáveis experiências mediúnicas, levadas a efeito por esse ilustre cientista, foram realizadas através da médium Florence Cook, quando obteve as materializações do espírito que dava o nome de Katie King, fato que abalou o mundo científico da época.
Alguns dos fenômenos registrados, segundo Crookes:
"Em plena luz, vi uma nuvem luminosa pairar sobre um girassol colocado em cima de uma mesa, ao nosso lado, quebrar-lhe um galho, e trazê-lo a uma senhora, e, em algumas ocasiões, percebi uma nuvem semelhante condensar-se sob nossos olhos, tomando uma forma de mão e transportar pequenos objetos". (Opus cit. p. 40)
"Pequena mão de muito bela forma elevou-se de uma mesa da sala de jantar e deu-me uma flor; apareceu e depois desapareceu três vezes, o que me convenceu de que essa aparição era tão real quanto a minha própria mão". (Opus cit. p. 41).
Inúmeros companheiros cientistas de Crookes passaram a confirmar a veracidade da comunicação de espíritos. No entanto, como a maioria dos cientistas tinha a opinião pré-concebida de que o Espiritualismo era fraudulento, o relatório final de Crookes ultrajou de tal modo o "sistema" científico de então, que "falou-se de cancelar sua filiação a Sociedade Real".
Crookes tornou-se mais cauteloso a partir de então e não mais discutiu seu ponto de vista em público até 1898, quando sentiu que sua posição estava segura. Foi nesse ano, em seu discurso de posse na presidência da Associação Britânica pelo Avanço da Ciência, que afirmou: "Já se passaram trinta anos desde que publiquei um relatório dos experimentos tendentes a mostrar que fora de nosso conhecimento científico existe uma Força utilizada por inteligências que diferem da comum inteligência dos mortais... Nada tenho a me retratar. Confirmo minhas declarações já publicadas. Na verdade, muito teria que acrescentar a isto". E numa entrevista, em 1917, ele repetiu: "Nunca tive jamais qualquer ocasião para modificar minhas ideias a respeito. Estou perfeitamente satisfeito com o que eu disse nos primeiros dias. É absolutamente verdadeiro que uma conexão foi estabelecida entre este mundo e o outro"
Numerosos cientistas de renome, mesmo diante dos fatos mais convincentes, hesitaram em proclamar a verdade, com receio das conseqüências que isso poderia acarretar aos olhos do povo. Crookes, porém, não agiu assim. Ele penetrou o campo das investigações com o intuito de desmascarar, de encontrar fraudes, entretanto, quando constatou que os casos eram verídicos, insofismáveis, ele rendeu-se à evidência, curvou-se diante da verdade, tornou-se espírita convicto e afirmou: - “Não digo que isto é possível; digo: isto é real!” E é justamente nessa máxima de Crookes que reside sua suprema humildade, de uma pessoa que julgava ser o espiritismo uma completa fraude, a um convicto e estudioso de tal ciência. Certamente um grande exemplo de virtude a ser seguido, que nos demonstra por meio de sua trajetória que nenhuma verdade é imutável, e que por isso mesmo, não devemos nos apegar sempre às mesmas idéias, sob o risco de serem elas substituídas. Dessa forma, o fato de também podermos mudar de opinião, como Crookes, representa a nossa humildade enquanto seres humanos.
William Crookes foi, na Europa, o primeiro cientista que teve o valor de comprovar, escrupulosamente, as afirmações dos espíritas. Muito cético, a princípio, suas investigações o conduziram progressivamente à convicção de que esses fenômenos são verdadeiros e não titubeou um único momento em proclamar, alto e bom som, a certeza em que resultou o seu trabalho. A partir daquele momento, ninguém foi mais capaz de deter o impulso recebido.
Assunto pesquisado por Maira Teixeira
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